Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 8 de 8
Filtrar
Mais filtros










Intervalo de ano de publicação
1.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1530208

RESUMO

Neste artigo analisamos a forma pela qual a "agressividade infantil" foi incluída nos sistemas de classificação do DSM ao longo de suas sucessivas edições. Primeiramente, identificamos as transformações significativas no uso desse signo clínico. Em seguida discutimos as consequências clínicas e políticas dessas transformações, tanto na formulação de uma psicopatologia própria à infância quanto na definição social dos quadros de normalidade e de desvio em relação à conduta. Observamos, por fim, que a pretensa regulação da infância pela produção de discursos normativos a respeito da agressividade foi acompanhada pelo incremento das vias agressivas como forma privilegiada de expressão do mal-estar e de subjetivação do sofrimento. Nossa hipótese é que tal produção é reforçada pelas exigências neoliberais de performance, ignorando assim as demandas sociais e subjetivas de reconhecimento.


In this article, we analyze how "child aggressiveness" was included in the classification systems of the DSM throughout its successive editions. First, we identified the significant transformations in the use of this clinical sign. Then, we discuss the clinical and political consequences of its transformations, both in the formulation of a psychopathology specific to childhood and regarding the social definition of normality and conduct deviations. Finally, we observed that the alleged regulation of childhood by the production of normative discourses about aggressiveness was followed by the increase of aggressive expressions of discontent and subjectivation of suffering. Our hypothesis is that such production is reinforced by neoliberal demands of performance, thus ignoring social and subjective demands for recognition.


Dans cet article, nous analysons la manière dont "l'agressivité infantile" a été intégrée dans les systèmes de classification du DSM tout au long de ses éditions successives. Tout d'abord, les transformations significatives dans l'usage de ce signe clinique. Ensuite, nous discutons les conséquences cliniques et politiques de ces transformations, à la fois dans la formulation d'une psychopathologie propre à l'enfance et dans la définition sociale des cadres de normalité et déviation de la conduite. Nous observons enfin que la prétendue régulation de l'enfance par la production de discours normatifs sur l'agressivité s'est accompagnée de l'accroissement des voies d'agressivité comme formes d'expression du malaise et de subjectivation de la souffrance. Notre hypothèse est qu'une telle production est renforcée par des exigences de performance néolibérales, ignorant ainsi les exigences sociales et subjectives de reconnaissance.


En este artículo analizamos la forma en que la "agresividad infantil" fue incluida en los sistemas de clasificación del DSM a lo largo de sus sucesivas ediciones. Primeramente, identificamos los cambios significativos en el uso de ese signo clínico. Luego discutimos las consecuencias clínicas y políticas de estos cambios, tanto en la formulación de una psicopatología propia a la infancia como en la definición social de los cuadros de normalidad y de desviación de la conducta. Observamos, por fin, que la pretendida regulación de la infancia por la producción de discursos normativos respecto a la agresividad estuvo acompañada del aumento de formas agresivas como forma privilegiada de expresión del malestar y de subjetivación del sufrimiento. Nuestra hipótesis es que dicha producción se ve reforzada por las demandas neoliberales de performance, ignoran así las demandas sociales y subjetivas de reconocimiento.

2.
Agora (Rio J.) ; 26: e280785, 2023.
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1527663

RESUMO

RESUMO: Transcrição da conferência de Achille Mbembe, intitulada Pesar as vidas, proferida em 5 de novembro de 2020 na XIX Jornada do Espaço Brasileiro de Estudos Psicanalíticos do Rio de Janeiro. Neste ensaio o pensador camaronês desenvolve suas teses apresentadas em Políticas da inimizade e Brutalismo sobre as políticas do vivente que o tempo presente exige, sobretudo quanto ao direito à respiração e ao pertencimento da Terra relativamente a todos os viventes, humanos e não humanos. Em que medida o projeto psicanalítico, nos seus termos, contribui para a pluralização dos saberes e a refundação deles pela retomada dos arquivos do Todo-Mundo, é uma de suas interrogações à psicanálise. Finalmente, é em torno do incalculável presente em todo vivente que Achille Mbembe defende a ideia de que o vivente é aquilo que não tem preço, nem se pode pesar.


ABSTRACT: Transcript of Achille Mbembe's conference, entitled Weighing Lives, given on November 5, 2020, at the XIX Journey of the Brazilian Space for Psychoanalytic Studies in Rio de Janeiro. In this essay, the Cameroonian thinker develops his theses presented in Policies of Enmity and Brutalism about the policies of the living that the present time requires, especially regarding the right to breathe and the belonging of the Earth to all living things, human and non-human. To what extent the psychoanalytic project, in its terms, contributes to the pluralization of knowledge and its refoundation through the resumption of the All-World archives is one of its questions for psychoanalysis. Finally, it is around the incalculable present in every living thing that Achille Mbembe defends the idea that the living thing is that which has no price and cannot be weighed.


Assuntos
Política , Violência , Violência Étnica
3.
Agora (Rio J.) ; 23(2): 51-60, maio-ago. 2020.
Artigo em Português | Index Psicologia - Periódicos, LILACS | ID: biblio-1130816

RESUMO

Resumo: Este artigo aborda a problemática da relação entre sujeito e verdade em psicanálise por uma perspectiva genealógica. Se Lacan recolocou na tradição psicanalítica o antigo problema da espiritualidade, perguntando-se sobre o trabalho do sujeito consigo mesmo e as condições de acesso à verdade, é preciso se perguntar como essa modalidade de dizer a verdade se constituiu historicamente e de que tecnologias é formada. A partir dos estudos de Foucault, examina-se o lugar da sexualidade na enunciação da verdade em psicanálise e de que maneira a relação do sujeito consigo mesmo nessa experiência pode ser atravessada por uma hermenêutica.


Abstract: This article discusses the problem of the relationship between subject and truth in psychoanalysis from a genealogical perspective. If Lacan reposed the old problem of spirituality in the psychoanalytic tradition, wondering about the subject's work on himself and the conditions to access the truth, one must question how this modality of truth-telling was historically constituted and from what technologies it is formed. Based on studies of Foucault, we examine the place of sexuality in the enunciation of truth in psychoanalysis and the way the subject's relationship with himself in that experience can be characterized by a hermeneutic.


Assuntos
Psicanálise , Revelação da Verdade , Sexualidade , Genealogia e Heráldica
4.
Rev. latinoam. psicopatol. fundam ; 22(2): 215-237, abr.-jun. 2019.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1014227

RESUMO

O objetivo deste ensaio é analisar a forma pela qual as noções de sexualidade, gênero e identidade colocam questões para a psicanálise, na medida em que problematizam formas de subjetivação presentes em sua prática discursiva. Considerando a análise de Foucault a respeito da formação do dispositivo da sexualidade e a discussão empreendida por Butler sobre o problema da identidade nas discussões de gênero, pretende-se situar o lugar do complexo de Édipo na constituição do sujeito em psicanálise e a crítica de Freud à moralização da sexualidade na experiência moderna. Finalmente, a partir das noções de vulnerabilidade e de despossessão de si, retomam-se os conceitos psicanalíticos de desamparo e de feminilidade com o objetivo de pensar a importância de um pensamento da alteridade para a prática psicanalítica.


This paper aims to analyze in what way the notions of sexuality, gender and identity pose questions to psychoanalysis, as they problematize forms of subjectivation present in their discursive practice. Taking into account Foucault's analysis of the formation of the device of sexuality and Butler's discussion on the problem of identity in gender discussions, we intend to situate the place of the Oedipus complex in the constitution of the subject in psychoanalysis and Freud's critique of the moralization of sexuality in modern experience. To conclude, based on the notions of vulnerability and dispossession of the self, we revisit the psychoanalytic concepts of helplessness and femininity to reflect on the importance of a thinking on otherness for psychoanalytic practice.


Le but de cet article est d'analyser la façon dont les notions de sexualité, de genre et d'identité posent des questions à la psychanalyse, dans la mesure où elles problématisent les formes de subjectivation présentes dans sa pratique discursive. En considérant l'analyse de Foucault sur la formation du dispositif de la sexualité et la discussion de Butler sur le problème de l'identité dans les discussions sur le genre, nous avons l'intention de situer la place du complexe d'Œdipe dans la constitution du sujet dans la psychanalyse et la critique de Freud à la moralisation de la sexualité dans l'expérience moderne. Enfin, à partir des notions de vulnérabilité et de dépossession de soi, les concepts psychanalytiques de détresse et de féminité sont abordés dans le but de réfléchir à l'importance d'une pensée d'altérité pour la pratique psychanalytique.


El objetivo de este ensayo es analizar la forma en la que las nociones de sexualidad, género e identidad plantean cuestiones para el psicoanálisis, en la medida en que problematizan formas de subjetivación presentes en su práctica discursiva. Considerando el análisis de Foucault sobre la formación del dispositivo de la sexualidad, y la discusión iniciada por Butler sobre el problema de la identidad en las discusiones de género, se pretende situar el lugar del complejo de Edipo en la constitución del sujeto en el psicoanálisis y la crítica de Freud a la moralización del sujeto en la experiencia moderna. Finalmente, a partir de las nociones de vulnerabilidad y de desposesión de sí, se reanudan los conceptos psicoanalíticos de desamparo y de femineidad con el objetivo de pensar la importancia de un pensamiento de la alteridad para la práctica psicoanalítica.


Dieser Artikel analysiert auf welche Art und Weise die Begriffe Sexualität, Geschlecht und Identität Fragen an die Psychoanalyse stellen, insoweit als sie die in ihrer diskursiven Praxis vorhandenen Formen der Subjektivierung problematisieren. In Anbetracht der Analyse von Foucault über die Entstehung des Sexualitätsdispositives und Butlers Diskussion des Identitätsproblems in der Genderdiskussion versuchen wir den Platz des Ödipus-Komplexes in der Konstitution des Subjekts in der Psychoanalyse zu erörtern, sowie die Kritik Freuds an die Moralisierung der Sexualität in der modernen Erfahrung. Zum Schluss greifen wir aufgrund der Begriffe Verwundbarkeit und Enteignung des Selbst die psychoanalytischen Konzepte des Aufhebens und der Weiblichkeit erneut auf, um die Bedeutung der Alterität für die psychoanalytische Praxis zu erwägen.

5.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1040787

RESUMO

Resumo Este artigo investiga a noção de trauma em psicanálise. Inicialmente, aborda o trauma a partir da elaboração do conceito de inconsciente, observando como a correlação entre trauma e inconsciente em Freud remete o discurso psicanalítico a um pensamento da finitude. Depois, reenvia esse enunciado para a sua condição histórica: a construção dessas noções aparece como resposta a um problema específico da modernidade colocado pelos acontecimentos da vida, do trabalho e da linguagem. Sob esse prisma, o traumático surge como figura de uma história de problemas, em que a relação entre pensamento e acontecimento precipita no discurso a diferença.


Abstract This study investigates the notion of trauma in psychoanalysis. First, it discusses trauma from the elaboration of the concept of the unconscious, showing how the relation between trauma and the unconscious in Freud refers the psychoanalytic discourse to a thought of finitude. Secondly, it sends that statement back to its historical condition: the construction of such notions appears as a response to a specific problem of modernity that comes from the events of life, work and language. In this light, the traumatic emerges as a figure of a history of problems, where the relation between thought and event brings the difference to the discourse.

6.
Psicol. USP ; 27(1): 70-77, jan.-abr. 2016.
Artigo em Português | Index Psicologia - Periódicos | ID: psi-67164

RESUMO

O objetivo deste artigo é articular a categoria da verdade e os registros de identidade e diferença na análise de Michel Foucault sobre a modernidade e o discurso de Freud. Por identidade entendemos a ordem de distribuição das palavras e das coisas num dado período da história, e por diferença aquilo que no pensamento está fora, é outro e surge como acontecimento. Ora, essa disposição entre o mesmo e o outro é a condição de possibilidade de uma análise do presente, análise que investiga a verdade histórica daquilo que somos, bem como de uma crítica de si, o que inclui a possibilidade de o pensamento se reinventar e ultrapassar seus limites. A psicanálise, nesse panorama, surge como um discurso do inconsciente, que aponta para a finitude do homem e para a experiência trágica da loucura. Trata-se, portanto, de uma modalidade de pensamento em que os acontecimentos introduzem novas formas de veridição.(AU)


The purpose of this article is to articulate the category of truth and the records of identity and difference in the analysis of Michel Foucault on modernity and the discourse of Freud. By identity, we understand the order of distribution of words and things in a given period of history, and by difference, it is what is out from the thought, is foreign and appears as an event. However, this arrangement between the self and the other is the condition of possibility of this analysis, one that investigates the historical truth of who we are, as well as a criticism of yourself, which includes the possibility of the thought reinventing itself, overcoming its limits. In that scenario, psychoanalysis emerges as a discourse of the unconscious, which points to the finitude of man and to the tragic experience of madness. Therefore, it is a modality of thinking where the events introduce new forms of truthfulness.(AU)


El objetivo de este artículo es articular la categoría de verdad y los registros de identidad y diferencia en el análisis de Michel Foucault acerca de la modernidad y el discurso de Freud. Por identidad comprendemos la orden de distribución de las palabras y de las cosas en determinado período de la historia, y por diferencia lo que en el pensamiento está fuera, es otro y surge como acontecimiento. Esta disposición entre el mismo y el otro es la condición de posibilidad para un análisis del presente, análisis que investiga la verdad histórica de lo que somos, así como de una crítica de sí, lo que incluye la posibilidad del pensamiento reinventarse, superar sus límites. El psicoanálisis, en este escenario, surge como un discurso del inconsciente, discurso que apunta a la finitud del hombre y a la experiencia trágica de la locura. Se trata, por lo tanto, de un modo de pensamiento donde los acontecimientos introducen nuevas formas de veridición.(AU)


L'objectif de cet article est d'articuler la catégorie de la vérité et les registres d'identité et de la différence dans l'analyse de Michel Foucault sur la modernité et le discours de Freud. Par identité, nous comprenons l'ordre de distribution des mots et des choses dans une période de l'histoire donnée, et par différence, ce qui est en dehors dans la pensée, est autre et arrive comme un événement. Or, cette disposition entre le même et l'autre est la condition de possibilité d'une analyse du présent, analyse qui étudie la vérité historique de ce que nous sommes, ainsi que d'une critique de soi, ce qui inclut la possibilité de la pensée se réinventer, dépasser leur limites. La psychanalyse, dans ce scénario, apparaît comme un discours de l'inconscient, discours qui point vers la finitude de l'homme et l'expérience tragique de la folie. Il s'agit donc d'une modalité de la pensée où les événements introduisent des nouvelles formes de véridiction.(AU)


Assuntos
Psicanálise
7.
Psicol. USP ; 27(1): 70-77, jan.-abr. 2016.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-779941

RESUMO

O objetivo deste artigo é articular a categoria da verdade e os registros de identidade e diferença na análise de Michel Foucault sobre a modernidade e o discurso de Freud. Por identidade entendemos a ordem de distribuição das palavras e das coisas num dado período da história, e por diferença aquilo que no pensamento está fora, é outro e surge como acontecimento. Ora, essa disposição entre o mesmo e o outro é a condição de possibilidade de uma análise do presente, análise que investiga a verdade histórica daquilo que somos, bem como de uma crítica de si, o que inclui a possibilidade de o pensamento se reinventar e ultrapassar seus limites. A psicanálise, nesse panorama, surge como um discurso do inconsciente, que aponta para a finitude do homem e para a experiência trágica da loucura. Trata-se, portanto, de uma modalidade de pensamento em que os acontecimentos introduzem novas formas de veridição.


The purpose of this article is to articulate the category of truth and the records of identity and difference in the analysis of Michel Foucault on modernity and the discourse of Freud. By identity, we understand the order of distribution of words and things in a given period of history, and by difference, it is what is out from the thought, is foreign and appears as an event. However, this arrangement between the self and the other is the condition of possibility of this analysis, one that investigates the historical truth of who we are, as well as a criticism of yourself, which includes the possibility of the thought reinventing itself, overcoming its limits. In that scenario, psychoanalysis emerges as a discourse of the unconscious, which points to the finitude of man and to the tragic experience of madness. Therefore, it is a modality of thinking where the events introduce new forms of truthfulness.


El objetivo de este artículo es articular la categoría de verdad y los registros de identidad y diferencia en el análisis de Michel Foucault acerca de la modernidad y el discurso de Freud. Por identidad comprendemos la orden de distribución de las palabras y de las cosas en determinado período de la historia, y por diferencia lo que en el pensamiento está fuera, es otro y surge como acontecimiento. Esta disposición entre el mismo y el otro es la condición de posibilidad para un análisis del presente, análisis que investiga la verdad histórica de lo que somos, así como de una crítica de sí, lo que incluye la posibilidad del pensamiento reinventarse, superar sus límites. El psicoanálisis, en este escenario, surge como un discurso del inconsciente, discurso que apunta a la finitud del hombre y a la experiencia trágica de la locura. Se trata, por lo tanto, de un modo de pensamiento donde los acontecimientos introducen nuevas formas de veridición.


L'objectif de cet article est d'articuler la catégorie de la vérité et les registres d'identité et de la différence dans l'analyse de Michel Foucault sur la modernité et le discours de Freud. Par identité, nous comprenons l'ordre de distribution des mots et des choses dans une période de l'histoire donnée, et par différence, ce qui est en dehors dans la pensée, est autre et arrive comme un événement. Or, cette disposition entre le même et l'autre est la condition de possibilité d'une analyse du présent, analyse qui étudie la vérité historique de ce que nous sommes, ainsi que d'une critique de soi, ce qui inclut la possibilité de la pensée se réinventer, dépasser leur limites. La psychanalyse, dans ce scénario, apparaît comme un discours de l'inconscient, discours qui point vers la finitude de l'homme et l'expérience tragique de la folie. Il s'agit donc d'une modalité de la pensée où les événements introduisent des nouvelles formes de véridiction.


Assuntos
Humanos , Psicanálise
8.
Psicol. clín ; 28(1): 59-81, 2016.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-780766

RESUMO

Este artigo realiza uma leitura do ensaio "Uma dificuldade da psicanálise", de Sigmund Freud, a partir de uma reflexão a propósito dos destinos do conceito de inconsciente no pensamento psicanalítico. Utilizando como chave interpretativa o texto de Freud sobre "A negativa", propõem-se duas modalidades de apresentação do inconsciente, uma pela exclusão e outra pela denegação, que definem uma abordagem negativa do conceito em psicanálise. Se se mantêm os registros de sujeito da identidade e de representação no horizonte do pensamento, o inconsciente como diferença não pode, de fato, se positivar. Uma segunda abordagem é empreendida na tentativa de afirmar o inconsciente para além desses registros. Recorre-se às análises desenvolvidas por Judith Butler e Slavoj Žižek da psicanálise de Jacques Lacan, de modo que a negatividade ganha outro estatuto. Se o inconsciente da psicanálise atinge os registros do sujeito e da verdade, um encontro efetivo com a dimensão real do conceito se torna possível. O destino desse encontro, por consequência, é a afirmação da dificuldade no pensamento e a formação de um sujeito da diferença em psicanálise.


This article presents an analysis of the essay "A difficulty of psychoanalysis", by Sigmund Freud, based on a consideration about the destinies of the unconscious concept in psychoanalytic thought. With the Freudian text about the "Negation" as an interpretive key, we propose two modalities of the unconscious presentation, one by exclusion and another by denegation, which define a negative approach of this concept in psychoanalysis. If the fields of the subject of identity and of representation are kept on the horizon of thought, the unconscious as difference cannot indeed be promoted. A second approach is undertaken in the attempt to affirm the unconscious beyond those fields. We resort to the analyses developed by Judith Butler and Slavoj Žižek of the psychoanalysis of Jacques Lacan, so that the negativity achieves another status. If the psychoanalysis unconscious reaches the fields of subject and truth, so that an effective encounter with the concept real dimension becomes possible. The destination of this encounter, consequently, is the affirmation of the difficulty in thought and the formation of a subject of difference in psychoanalysis.


Este artículo presenta una lectura del ensayo "Una dificultad del psicoanálisis", de Sigmund Freud, a partir de una reflexión al respecto de los destinos del concepto del inconsciente en el pensamiento psicoanalítico. Utilizando como clave de interpretación el texto de Freud acerca de "La negación", se proponen dos formas de presentación del inconsciente, una por la exclusión y otra por la negación, que definen un acercamiento negativo del concepto en el psicoanálisis. Si mantenemos los registros del sujeto de la identidad y de la representación en el horizonte del pensamiento, el inconsciente como diferencia no puede, de hecho, ser positivo. Consideramos el análisis desarrollados por Judith Butler y Slavoj Žižek del psicoanálisis de Jacques Lacan, por lo que la negatividad gana otro estatuto. Si el inconsciente del psicoanálisis llega a los registros del sujeto y de la verdad, un encuentro efectivo con la dimensión real del concepto se vuelve posible. El destino de este encuentro, por consecuencia, es la afirmación de la dificultad en el pensamiento y la formación de un sujeto de la diferencia en el psicoanálisis.

SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA
...